PODER E CONTRA PODER: ONDE TERMINA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ONDE COMEÇA O ABUSO? ( pensando nas falas da primeira mesa do 4º blogprog, especialmente do Andrés Conteris do Democracy Now).
Nas mídias sociais a liberdade de expressão precisa ser ensinada nas escolas. Como nós
podemos nos expressar de forma ética e correta? Como manifestar a nossa opinião, o nosso direito de protesto, poder chiar como consumidor sem fazer isso virar um abuso de
direito? O limite entre a liberdade de falar e a ofensa é bem pequena. Por isso é
importante pensar em que palavra devemos usar, o que uma expressão tem
escondida, , qual palavra deverá
retratar exatamente nosso pensamento .
Acredito que a grande maioria dos ativistas não pensa muito sobre os fatos que está comentando, compartilhando, publicando,
ou melhor, DOCUMENTANDO, nas redes sociais. E, depois de escrito é difícil se dizer arrependido, porque o conteúdo se espalha rapidamente, e se
eterniza! E se olharmos o nosso celular, essa é a porta de entrada para que (se a NSA quiser), a nossa vida seja DEVASSADA! Todos estão expostos, a gente sabe bem o
que aconteceu recentemente entre a NSA e a presidenta Dilma. E se é secreto, existem Edward Snowdens
para trazer à publico segredos de estado e questões diplomáticas delicadíssimas como foi a da Dilma, de Ângela Merkel e outros dirigentes mundiais.
Precisamos, então, de inclusão digital com educação. O governo e as empresas oferecem o maior acesso a tecnologia com serviços que tornam possível a produção de conhecimento colaborativo, compartilhar
notícias e saberes, aprender, convocar e convencer outras pessoas. Mas deve-se saber também quais são
as regras do jogo, que vão desde o direito à privacidade, a proteção da
reputação e da imagem das pessoas até dar a responsabilização do ato ao autor da invasão de privacidade...
A internet é um espelho cujo reflexo pode ser uma mentira
em tudo: mente-se sobre a idade, cor da
pele, aspecto físico e beleza, estado civil, situação econômica, profissão,
escolaridade, peso, opção sexual.... Como orientar os jovens e adolescentes que estão na rede social, na grande maioria
mentindo a idade, comprando pornografia, sendo, de repente, assediados por um maniaco?
Onde fica a ética nessa questão? Profissionais da educação
falam sempre que são os pais que devem dar aos filhos orientação nos
ambientes digitais. Um pai leva seu filho à porta da escola todos os dias, cioso de sua segurança, , mas não sabe o que ele está
fazendo na “rua digital” no quarto ao lado...
Nas mídias digitais, twiter, emails, sites de busca de conteudo e facebook, o
mundo é plano, sem fronteiras. Para tanto, é essencial garantir a segurança das
relações, a proteção dos indivíduos.
Toda querela socio-digital que possa
virar uma ação indenizatória de perdas e danos, como aconteceu com o jornalista da Band Ricardo Boechat que chamou de IDIOTAS os "soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e
coronéis da Polícia Militar de SP". Foi condenado a pagar R$ 5.000,00 de dano moral a cada PM que tenha entrado com a ação.
A condenação foi para ele e a Band News. Portanto, não se pode sair por aí falando o
que quer e bem entende de outros que sentindo-se ofendidos podem entrar na justiça e serem acatados seus argumentos ( teve até o caso de um jovem preso
por desacato após postar impropérios e ofensas contra policiais em sua página do facebook).
Claro que o grande investimento em infra-estrutura dos
últimos anos foi o que viabilizou um Brasil mais democrático, que permite
acesso à informação através de uma internet banda larga de qualidade. O uso da ferramenta tecnológica tem que ser utilizado a serviço do
bem estar social.
Depois de aprovado o Marco civil, temos que lutar agora pelo Marco Regulatório nas Comunicações no Brasil, com foco nas propostas consideradas prioritárias na definição
de um marco legal para as comunicações em nosso país.
O conteúdo programático deste debate, com certeza marcará a agenda
política do país no próximo período.
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