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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Carta de uma gordinha à Marina Silva ( por Camila Moreno)

AFASTADA DO BLOG POR PROBLEMAS DE DOENÇA NA FAMÍLIA, VOLTEI HOJE PARA PUBLICAR A EXCELENTE RESPOSTA DE CAMILA MORENO À MARINA SILVA À RESPEITO DE MANGANGÁS E CAPINARÃS. GORDOS E MAGROS. 

Camila Moreno: Carta aberta de uma gordinha a Marina Silva
Por Camila Moreno
22/09/2014 - 

                                                        



Marina,

        Está circulando pela internet um vídeo em que a senhora faz uma comparação entre você e a também candidata e presidenta Dilma Rousseff. Entre as tantas comparações que podem e devem ser feitas entre as duas candidatas mais bem posicionadas nas pesquisas eleitorais, você opta por dizer é magrinha, enquanto Dilma é fortinha, exatamente com essas palavras, arrancando risadas e aplausos da plateia.

         Lembro com nitidez que a senhora já havia feito essa comparação com Dilma na eleição passada, ao ser perguntada sobre suas principais diferenças.

       Dilma é a primeira presidenta da história do Brasil e essa é a primeira eleição com grandes chances de duas mulheres irem para o segundo turno. Uma eleição histórica, certamente. Histórica porque em um país cercado de machismo por todos os lados; em que as mulheres são menos de 10% no Congresso Nacional; onde embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria da Penha, ainda estamos em 7º lugar no ranking da violência doméstica; a maioria dos cidadãos e cidadãs do nosso país, se as pesquisas estiverem certas, optará por confiar o seu voto em uma mulher. Isso é lindo e me emociona.

         Sei que você sabe, Marina, que ser mulher é um desafio cotidiano. É ter que provar duas vezes que é capaz. Na política então, nem se fala. Lembro o quanto te criticaram pelo fato do seu companheiro trabalhar no governo do PT no Acre, como se vocês, por serem casados devessem ter a mesma opinião política. Na época, te defendi e disse que achava um absurdo esse tipo de acusação. Te defendo quando falam da sua voz, porque não estão acostumados com vozes mais agudas nos debates políticos. Imagino Marina, o quanto sejam duras as críticas por causa do seu cabelo, pelas roupas e não pelas ideias.





          Talvez você não tenha tido noção da gravidade da sua declaração, Marina, mas eu vou te contar o porquê ela doeu no fundo da minha alma: eu sempre fui considerada uma criança gordinha e desde que entendi que isso era um defeito, sofri com isso. Tive transtornos alimentares graves e só me aceitei de fato, quando conheci a militância e o feminismo, porque me mostraram que os padrões de beleza nos tornam escravas de uma busca impossível e infeliz e eu esperava que as mulheres na política, ainda que com divergências, optassem pela desconstrução do machismo, mas você fez exatamente o contrário.

        Essa sua declaração apenas reforça um padrão ditatorial que faz com que a anorexia e a bulimia estejam entre as principais doenças de jovens mulheres, que faz com que milhões de meninas e mulheres arrisquem suas vidas em métodos salvadores do alcance da beleza, porque ao invés de você optar por ajudar a romper com essa lógica de que a mais magra é melhor que a gorda, você a reforçou. Você podia ter escolhido desconstruir a ideia de que o debate entre duas mulheres seria um debate superficial e estético, mas você preferiu seguir essa lógica que revistas de beleza e a indústria do entretenimento entranham todos os dias na nossa vida, de que para ser bem sucedida e feliz, é preciso ser magra.
                                                          




          Você não perdeu o meu voto com essa sua “piada”, porque você já o havia perdido quando optou por deixar de lado a sua bela trajetória de vida e luta ao lado de Chico Mendes para ser a nova voz da direita e do neoliberalismo no país; mas eu de fato esperava um debate mais qualificado da sua parte.


CAMILA MORENO É MILITANTE DA JUVENTUDE DO PT, ESTUDANTE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA E PRETENDE NÃO SER INFELIZ POR CONTA DOS PADRÕES DE BELEZA.

EU, DADINHA, 65 ANOS , 98 QUILOS DE TRANQUILIDADE E MANSIDÃO (KKK) TAMBÉM NÃO!!!

domingo, 8 de junho de 2014

A COPA DAS COPAS por Dilma Rousseff



A Copa das Copas por Dilma Rousseff

                                                                      Domingo, 8 de junho de 2014 às 15:50




 

Neste domingo (8), artigo da presidenta Dilma Rousseff sobre a Copa do Mundo, que começa nesta semana, foi publicado na imprensa internacional. Nele, Dilma destaca valores que o Brasil deixará de legado para o mundo, como a mensagem de uma Copa sem racismo, além de enaltecer a inclusão social vivida pelo país nos últimos doze anos, sua democracia plena e, ainda, o espírito acolhedor e o amor pelo futebol do povo brasileiro. Confira a íntegra do artigo:

A partir desta quinta-feira, os olhos e os corações do mundo estarão voltados para o Brasil. Trinta e duas seleções, representando o melhor do futebol mundial, estarão disputando a Copa do Mundo, a competição que de quatro em quatro anos transforma a todos nós em torcedores.

É o momento da grande festa internacional do esporte. É também o momento de celebrarmos, graças ao futebol, os valores da competição leal e da convivência pacífica entre os povos. É a oportunidade de revigoramos os valores humanistas de Pierre de Coubertin. Os valores da paz, da concórdia e da tolerância.

A “Copa das Copas”, como carinhosamente a batizamos, será também a Copa pela paz e contra o racismo, a Copa pela inclusão e contra todas as formas de preconceito, a Copa da tolerância, da diversidade, do diálogo, do entendimento e da sustentabilidade.

Organizar a Copa das Copas é motivo de orgulho para os brasileiros. Fora e dentro de campo, estaremos unidos e dedicados a oferecer um grande espetáculo. Durante um mês, os visitantes que estiverem em nosso país poderão constatar que o Brasil vive hoje uma democracia madura e pujante.

O país promoveu, nos últimos doze anos, um dos mais exitosos processos de distribuição de renda, aumento do nível de emprego e inclusão social do mundo. Reduzimos a desigualdade em níveis impressionantes, elevando, em uma década, à classe média 42 milhões de pessoas e retirando da miséria 36 milhões de brasileiros.

Somos também um país que, embora tenha passado há poucas décadas por uma ditadura, tem hoje uma democracia vibrante. Desfrutamos da mais absoluta liberdade e convivemos harmonicamente com manifestações populares e reivindicações, as quais nos ajudam a aperfeiçoar cada vez mais nossas instituições democráticas.

Em todas as 12 cidades-sedes da Copa, os visitantes poderão conviver com um povo alegre, generoso e hospitaleiro. Somos o país da música, das belezas naturais, da diversidade cultural, da harmonia étnica e religiosa, do respeito ao meio ambiente.

De fato, o futebol nasceu na Inglaterra. Nós gostamos de pensar que foi no Brasil que fez sua moradia. Foi aqui que nasceram Pelé, Garrincha, Didi e tantos craques que encantaram milhões de pessoas pelo mundo. Quando a Copa volta ao Brasil depois de 64 anos é como se o futebol estivesse de volta para a sua casa.

Somos o País do Futebol pelo glorioso histórico de cinco campeonatos e pela paixão que cada brasileiro dedica ao seu clube, aos seus ídolos e a sua seleção. O amor do nosso povo por esse esporte já se tornou uma das características de nossa identidade nacional. Para nós o futebol é uma celebração da vida. 





Em nome de 201 milhões de brasileiras e brasileiros, estendo as boas-vindas aos torcedores estrangeiros e a todos os visitantes que vierem ao Brasil compartilhar conosco a “Copa das Copas”.